sábado, 17 de maio de 2008

Vicentina Aranha, arte, história, beleza, e lembanças.

Interior da Capela



segundo pavilhão

lateral


frente - chegada




História


O Sanatório Vicentina Aranha, foi inaugurado em 27 de abril de 1924 na cidade de São José dos Campos (SP), sendo o primeiro da fase sanatorial a ser construído na cidade. O projeto é do arquiteto Ramos de Azevedo e as obras foram executadas pelo engenheiro Augusto de Toledo. Em 1980, por decisão da Santa Casa de São Paulo, passou a abrigar um hospital geriátrico, fechado em 2003. Em 1996 foi preservado pelo Comphac (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural) e, em 2001, tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). Em 2004, foram encerradas as atividades no complexo, assim servindo como museu.




Valor histórico
O Vicentina Aranha é reconhecido pelo seu valor histórico, cultural, arquitetônico e paisagístico, protegido como patrimônio histórico pelo Comphac, Condephaat e está em processo de tombamento pelo Ipham (Instituto do Patrimônio Histórico e Ambiental).
Curiosidade – Com a retirada do muro das avenidas São João, Nove de Julho e da rua Prudente Meireles de Moraes, foram verificados mais de 40 tipos de tijolos, entre formatos e tipo de fabricação, utilizados ao longo da trajetória do Vicentina Aranha. Os cerca de 40 mil tijolos que já foram retirados para substituição do muro por gradil, poderão ser reaproveitados e estão sendo cuidadosamente guardados para, se necessário, serem utilizados na restauração dos prédios do complexo. Como toda a construção, os tijolos guardam valor histórico e cultural, pois datam de uma época onde as peças eram feitas artesanalmente.




O Vicentina Aranha é um sanatório constituído por mais de um edifício, o que faz dele um hospital do tipo pavilhonar, formando um conjunto arquitetônico, ou seja, cada edificação justifica-se simultaneamente, como abrigo para uma atividade específica, mas integrando um sistema que a envolve. Possui pavilhões que se configuram às edificações principais, complementados por edificações de apoio, anexos a capela. Estão distribuídos em um terreno que, em 1929, ocupava uma área de 488.000 m².




Perfil arquitetônico


Dentre as características arquitetônicas principais podemos citar o telhado dos pavilhões pequenos que apresentam uma espécie de lanternim que possibilita a entrada de luz, a edificação dos prédios a aproximadamente 0.50m do solo constituindo uma espécie de barra impermeável para o pavimento térreo formando assim os porões para ventilação providos de abertura com grades de ferro, o piso do quartos, enfermarias, biblioteca e administração em madeira (tábua corrida), o ladrilho hidráulico na cozinha, banheiros, refeitório, área de circulação, galerias de cura e todo setor médico. Encontra-se bem à frente do hall do Pavilhão Central uma marquise em estrutura de ferro fundido, no estilo Art-Nouveau, de procedência não determinada, com cobertura em vidro na época, segundo depoimentos, compondo o alpendre da entrada, construído para o abrigo dos doentes que chegavam ao sanatório em dias de chuva, as janelas com vergas em arco abatido, ao centro do Pavilhão Central, alternam-se as janelas com ângulos retos que compõem todo o resto da fachada.
Este conjunto arquitetônico é amplamente reconhecido pela comunidade como um dos mais importantes da fase sanatorial. Em termos arquitetônicos é uma referência das primeiras manifestações da modernidade no Vale do Paraíba, sendo protegido como patrimônio histórico estadual pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - CONDEPHAAT.
Postado por TÁCITA

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