quarta-feira, 14 de maio de 2008

Primeiro Santo Brasileiro


Casa onde Frei Galvão nasceu, hoje é um museu com alguns de seus pertences

Igreja Matriz de Santo Antônio (onde frei Galvão foi Batizado)


Igreja de Frei Galvão



Imagem de Frei Galvão na Chegada de Guaratinguetá




Antônio de Sant'Ana Galvão (mais conhecido como Frei Galvão) (Guaratinguetá 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um Frade Católico e hoja o Primeiro Santo Brasileiro, foi canonizado pelo papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil (São Paulo) em 11 de maio de 2007.



História
Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José. Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro. Estátua do frade em sua cidade natal, GuaratinguetáA 16 de abril de 1761 fez seus votos solenes. Um ano após foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes. Foi então mandado para o Convento de São Francisco em São Paulo a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado.


Frei Galvão foi arquiteto, mestre de obras e até mesmo pedreiro. A obra, hoje o Mosteiro da Luz, foi declarada "Patrimônio Cultural da Humanidade" pela UNESCO.


Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da Ordem Franciscana, deu toda a atenção e o melhor de suas forças à formação das Recolhidas. Era para elas verdadeiro pai e mestre. Para elas escreveu um estatuto, excelente guia de disciplina religiosa. Esse é o principal escrito de Frei Galvão, e que melhor manifesta a sua personalidade. Em várias ocasiões as exigências da sua Ordem Religiosa pediam que se mudasse para outro lugar para realizar outras funções, mas tanto o povo e as Recolhidas, como o bispo, e mesmo a Câmara Municipal de São Paulo intervieram para que ele não saísse da cidade. Diz uma carta do "Senado da Câmara de São Paulo" ao Provincial (superior) de Frei Galvão: "Este homem tão necessário às religiosas da Luz, é preciosíssimo a toda esta Cidade e Vilas da Capitania de São Paulo, é homem religiosíssimo e de prudente conselho; todos acorrem a pedir-lho; é homem da paz e da caridade". Frei Galvão viajava constantemente pela capitania de São Paulo, pregando e atendendo as pessoas. Fazia todos esses trajetos sempre a pé, não usava cavalos nem a liteira levada por escravos. Vilas distantes sessenta quilômetros ou mais, municípios do litoral, ou mesmo viajando para o Rio de Janeiro, enfim, não havia obstáculos para o seu zelo apostólico. Por onde passava as multidões acorriam. Ele era alto e forte, de trato muito amável, recebendo a todos com grande caridade.



As Pílulas de Frei Galvão

Dois casos de risco de vida deram orgem às pílulas de Frei Galvão. Um foi de uma parturiente e o outro foi o de um rapaz com cálculos nos rins. Em ambos os casos, por não poder acudir pessoalmente aos necessitados, Frei Galvão escreveu em Latim uma jaculatória em um pedaço de papel que enrolou e recortou em forma de pílulas, pedindo que as dessesm aos doentes. Tanto o rapaz, como a mãe e a criança se salvaram. Partiu daí a extraordinária fama das pílulas e a notável fé que os devotos nela depositam, para os males do corpo e da alma.
A jaculatória escrita por Frei Galvão diz o seguinte: "Pos partum, Virgo Inviolata permansisti! Dei Genitrix, intecede pro nobis!" (Depois do parto, ó Virgem permaneceste Intacta! Mãe de Deus, roga por nós!)
Em razão desses fatos terem envolvido inicialmente uma parturiente, e referindo-se a jaculatória ao parto da Virgem Nossa Senhora, Frei Galvão passou a ser conhecido pelo povo como "Patrono das parturientes"

Beato Frei Galvão Patrono da Construção Civil

Pedreiros, serventes, carpinteiros, marceneiros, oleiros, serralheiros, mestres-de-obras, empreiteiros, desenhistas, pintores, aqruitetos, engenheiros e todos aqueles que estão ligados à arte de construir, possuem hoje seu patrono no Brasil: O Bento Frei Galvão. O título foi concedido no ano 2000 pelo papa João Paulo II.
Fei Galvão foi quem idealizou e contruiu em São Paulo, no ano de 1774, o MONSTEIRO DA LUZ, onde também trabalhou como pedreiro junto com os escravos. O Monsteiro, que é hoje Monumento Mundial, abriga as Irmãs Concepcionistas, ordem que foi por ele fundada e, também, o Museu de Arte Sacra de São Paulo. Em Sorocaba, ainda para essas Irmãs construiu um outro convento. Existem outras inúmeras passagens de Frei Galvão pela arquitetura religiosa, tanto em Igrejas, como em capelas e em conventos, o que credenciou a merecer o título e Patrono da Construção Civil.
postado por TÁCITA

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