quarta-feira, 21 de maio de 2008
Maria Antonieta
Figurinos exuberantes, bom o que mais poderia dizer? O filme conta a história da Rainha Maria Antonieta, princesa austriaca que foi enviada adolescente a França, para se casar com o Príncipe Luis XVI, no palácio de Versalles é obrigada a seguir regras de etiqueta e se conformar com as fofocas constantes.
O mundo á parte criado por Maria Antonieta é o ponto mais alto do filme. Com festas maravilhosas, roupas, sapatos e a comida que quiser a vontade você "entra" no filme junto com a atriz.
A célebre frase citada por Maria (quando lhe dizem que o povo não tem mais pão para comer e ela responde: - Ora! Que comam brioches) também está no filme, apesar da vida totalmente intocada que ela leva no palácio, a revolução não pode mais esperar. Os extras do filme estão recheados de como foram feitos todos os figurinos e as cenas mais bonitas.
As cores usadas nos vestidos, meias e sapatos são bastante atuais, vão desde o rosa pink até o verde bem clarinho.
O cenário também bastante colorido (reparem nas cenas a luz do dia), inspira roupas leves e espretensiosas, com vontade de sentir aquela brisa e calor de final de tarde.
As cores das festas e dentro do palácio já inspiram roupas e acessórios de luxo, muito dourado e muito brilhante (bordados e pedrarias).
Para pessoas que gostam de filmes bem coloridos e com paisagens maravilhosas, é um filme para ser visto e revisto muitas vezes.
Fetiches...
Estou lendo o livro: "Fetiche Moda, Sexo e Poder" (autora: Valerie Steele - editora: Rocco).
A autora é historiadora cultural e está se especializando em moda, com esse livro ela pretende fazer uma relação entre moda e sexualidade.
Como uma estudante de Design de Moda, o livro está sendo muito essencial, adoro esse tipo de relação que as pessoas tem com a roupa, de mudar de personalidade dependendo do que está vestindo (claro que nem todo mundo mundo é assim, mas conheço pessoas que são). As roupas são parte fundamental de qualquer ser humano, principalmente nas (os) adolescentes de hoje em dia, as revistas trazem mais matérias de como se vestir bem para atrair: meninos, bons empregos, amigos, olhares, etc, que simplismente vestir uma roupa começa a ficar algo completamente difícil. Para nós, estudantes, fica ainda mais complicado, pois sabemos todos os processos que a roupa passa até chegar na loja, então a cada estação, nosso processo de criação precisa ficar mais interessante e atrativo para um público que exige isso de nós. É claro que não é somente de adolescentes que nós vivemos, mas o público em geral exige uma diverisificação maior a cada semstre.
O livro também é bastante "psiquiátrico", a autora mostra opiniões de especialistas mais antigos até os mais recentes, muito bom também a parte que fala sobre espartilhos e sobre a prática chamada Tight lacing (ou laço apertado), pessoas que usam espartilhos com o intuito de afinar a cintura ou por prazer mesmo. Conta casos de fetichistas e seus desejos por acessórios, peles, roupas e objetos.
Ainda não terminei de lê-lo, mas se continuar do jeito que está, vou comprar um exemplar com certeza.
Tight Lacing
Sapatos - Uma festa de sapatos de salto, sandálias, chinelos...
Há mais ou menos 15 dias dias atrás peguei na biblioteca da faculdade o livro "Sapatos - Uma festa de sapatos de salto, sandálias, chinelos..." (autora Linda O´keeffe - editora Konemann). Gosto muito de sapatos e o livro é muito bom.
O livro conta a história do sapato, como surgiu cada modelo (alguns: Chapins de madeira, plataforma, a biqueira Chanel, sapatos de cocktail, o stiletto, as botas Go-Go), como é fabricado um sapato e algumas curiosidades (os chamados "sapatos lotús" ver figura abaixo). São tantos sapatos e tantas fotografias lindas que não tem como ficar indiferente a esse acessório tão essencial para qualquer mulher. Com mais de 1000 fotografias de sapatos, perfis biográficos dos mestres do calçado (alguns como: Vivier, Blahnik e WestWood) e notas interessantes sobre os calçados é um livro que merece ser lido. Recomendo a parte de sapatos fetiche, para as mulheres que gostam de saltos finos como eu, vão simplismente delirar com alguns modelos dessa parte.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Band São Paulo
Há alguns dias atrás tive a oportunidade de participar da platéia do programa Terra Nativa na emissora Band que se localiza no bairro Morumbi em São Paulo.
Um programa dedicado a música serteneja, possui as apresentações de artistas novos (exemplo: Guilherme e Santiago) e também por artistas mais conhecidos (exemplo: Jane e Herondy, famosa dupla que teve auge de sua carreira nos anos 70).
Possui também quadros de curiosidades que no dia apresentou a menor guitarra do mundo, que foi utilizada ao vivo pra músicas muito conhecidas como "Brasileirinho"e "Hino Nacional".
O que me chamou muito a atenção foi a decoração do cenário, um espaço relativamente pequeno, porém muito bem esquematizado e decorado.
É composto por objetos simples (arreios, lâmpadas, lampiões, garrafões, cerragem, ferraduras, bancos de madeira rústica, entre outros), mas fazem um bom efeito visual, isso sem contar o palco que possui o formato de uma viola caipira.
O programa tem entrada franca, necessitando apenas a identificação 3 dias antes da gravação.
Postado por Tácita
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Bonequinha de luxo, antigo porém atual...
Assim como grandes filmes dos anos 60 / 70, Bonequinha de Luxo mostra a luta de pessoas comuns que querem vencer na vida de qualquer modo.
A história gira em torno de Holly Golightly (Audrey Hepburn), uma jovem mulher de Nova York que está decidida a mudar de vida casando com um milionário.
Possui o costume de eventualmente tomar os cafés da manhã em frente a loja de jóias "Tiffany’s" quase se confunde com a futilidade das mulheres caçadoras de dinheiro, torna-se um modo de iludir a si mesma, achando que possui dinheiro, tendo a sensação de que a loja de jóias é um lugar lugar comu para seu consumo, o que não é verdade.
Sua vida muda quando ela conhece ‘Fred’ (George Peppard), um escritor frustrado que vive sustentado pela amante, colocando os próprios conceitos de Holly contra ela mesma ao se relacionarem de forma mais intensa.
No começo Holly resiste aos pensamentos de Fred, porém no final do filme, após um breve diálogo dentro de um taxi, Holly abandona a idéia de viajar para viver com Fred uma vida simples, sem a ostentação do Glamour.
O filme passa a idéa de que o glamou não é necessário para viver, pois faz perder o verdadeiro sentido das peças de moda por exemplo.
Ao invés das pessoas valorizarem pela arte, valorizam sobre o preço estipulado.
O filme é de 1961, porém tem um contexto que pode ser justamente identificado aos dias de hoje, a questão do valor sobre tudo e todos, como também a ostentação de bens materiais.
Postado por Tácita
domingo, 18 de maio de 2008
Espaço das Artes Helena Kalil, um cantinho artítico...
O "Espaço das Artes Helena Kalil" foi inaugurado em 2003, sendo cedido sem custos pela família da artista. Possui duas pequenas áreas coberta e externa dedicados a exposições de trabalhos de artistas plásticos da cidade. São realizadas oficinas culturais de aquarela, desenho e gravura.
Helena Calil foi uma mulher à frente do seu tempo, uma poeta que pintou quadros, escreveu livros e participou, nos anos 50, do movimento literário “desagregacionismo”, que pregava a nacionalização das artes brasileiras e o fim das influências européias.
A artista nasceu em 2 de abril de 1932, em São José dos Campos (SP). Aos 18 anos, foi para a França estudar literatura e civilização francesa. Quando voltou ao Brasil, transformou sua casa em um ponto de encontro de artistas.Helena Calil foi uma das artistas mais atuantes da cidade. Com suas pinturas e poemas, influenciou gerações e se tornou admirada por artistas e apreciadores da cultura.
Faleceu em dezembro de 2002.
O Espaço presta uma homenagem a Helena Calil, mantendo uma exposição permanente formada por quadros, recortes de jornais que contam sua trajetória e uma estante com um acervo de livros que pertenciam à artista.
Postado por TÁCITA.
sábado, 17 de maio de 2008
Museu do Folcolore, voltando aos costumes do interior...
Bandeiras do Divino Espírito Santo - Festa realizada no meio do ano em toda região do Vale do Paraíba - SP
uma minuta da cidade de São José dos Campos em argila
artesanato - alfofada feita com retalhos
Presépio feito em argila
Presépio feito em argila
Frente - Chegada do Museu
O Museu do Folclore é localizado na cidade de São José dos Campos - SP na Av. Olivo Gomes, dentro do Parque Roberto Burle Marx (mais conhecido como "Parque da Cidade")numa das antigas casas de hóspedes da família Gomes. A casa foi restaurada e hoje abriga o museu do Folclore, uma instituição que divulga o folclore da cidade e região, desenvolvendo atividades, encontros e exposições que apóiam e estimulam grupos folclóricos como coral, grupo de teatro e de artesãos.
Possui uma biblioteca com acervo composto por livros sobre diversos assuntos estudados pelo folclore, documentação em vídeos, fotos e gravações de manifestações populares, festas cíclicas, cívicas, religiosas entre outras.
Apesar de pequeno, o acervo não deixa por desejar, pois com todas suas peças fazem lembrar os costumes de quem nasceu no Vale do Paraíba (SP).
Postado por TÁCITA
Vicentina Aranha, arte, história, beleza, e lembanças.
Interior da Capela
lateral
frente - chegada
Valor histórico
História
O Sanatório Vicentina Aranha, foi inaugurado em 27 de abril de 1924 na cidade de São José dos Campos (SP), sendo o primeiro da fase sanatorial a ser construído na cidade. O projeto é do arquiteto Ramos de Azevedo e as obras foram executadas pelo engenheiro Augusto de Toledo. Em 1980, por decisão da Santa Casa de São Paulo, passou a abrigar um hospital geriátrico, fechado em 2003. Em 1996 foi preservado pelo Comphac (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural) e, em 2001, tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). Em 2004, foram encerradas as atividades no complexo, assim servindo como museu.
Valor histórico
O Vicentina Aranha é reconhecido pelo seu valor histórico, cultural, arquitetônico e paisagístico, protegido como patrimônio histórico pelo Comphac, Condephaat e está em processo de tombamento pelo Ipham (Instituto do Patrimônio Histórico e Ambiental).
Curiosidade – Com a retirada do muro das avenidas São João, Nove de Julho e da rua Prudente Meireles de Moraes, foram verificados mais de 40 tipos de tijolos, entre formatos e tipo de fabricação, utilizados ao longo da trajetória do Vicentina Aranha. Os cerca de 40 mil tijolos que já foram retirados para substituição do muro por gradil, poderão ser reaproveitados e estão sendo cuidadosamente guardados para, se necessário, serem utilizados na restauração dos prédios do complexo. Como toda a construção, os tijolos guardam valor histórico e cultural, pois datam de uma época onde as peças eram feitas artesanalmente.
Curiosidade – Com a retirada do muro das avenidas São João, Nove de Julho e da rua Prudente Meireles de Moraes, foram verificados mais de 40 tipos de tijolos, entre formatos e tipo de fabricação, utilizados ao longo da trajetória do Vicentina Aranha. Os cerca de 40 mil tijolos que já foram retirados para substituição do muro por gradil, poderão ser reaproveitados e estão sendo cuidadosamente guardados para, se necessário, serem utilizados na restauração dos prédios do complexo. Como toda a construção, os tijolos guardam valor histórico e cultural, pois datam de uma época onde as peças eram feitas artesanalmente.
O Vicentina Aranha é um sanatório constituído por mais de um edifício, o que faz dele um hospital do tipo pavilhonar, formando um conjunto arquitetônico, ou seja, cada edificação justifica-se simultaneamente, como abrigo para uma atividade específica, mas integrando um sistema que a envolve. Possui pavilhões que se configuram às edificações principais, complementados por edificações de apoio, anexos a capela. Estão distribuídos em um terreno que, em 1929, ocupava uma área de 488.000 m².
Dentre as características arquitetônicas principais podemos citar o telhado dos pavilhões pequenos que apresentam uma espécie de lanternim que possibilita a entrada de luz, a edificação dos prédios a aproximadamente 0.50m do solo constituindo uma espécie de barra impermeável para o pavimento térreo formando assim os porões para ventilação providos de abertura com grades de ferro, o piso do quartos, enfermarias, biblioteca e administração em madeira (tábua corrida), o ladrilho hidráulico na cozinha, banheiros, refeitório, área de circulação, galerias de cura e todo setor médico. Encontra-se bem à frente do hall do Pavilhão Central uma marquise em estrutura de ferro fundido, no estilo Art-Nouveau, de procedência não determinada, com cobertura em vidro na época, segundo depoimentos, compondo o alpendre da entrada, construído para o abrigo dos doentes que chegavam ao sanatório em dias de chuva, as janelas com vergas em arco abatido, ao centro do Pavilhão Central, alternam-se as janelas com ângulos retos que compõem todo o resto da fachada.
Este conjunto arquitetônico é amplamente reconhecido pela comunidade como um dos mais importantes da fase sanatorial. Em termos arquitetônicos é uma referência das primeiras manifestações da modernidade no Vale do Paraíba, sendo protegido como patrimônio histórico estadual pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - CONDEPHAAT.
Este conjunto arquitetônico é amplamente reconhecido pela comunidade como um dos mais importantes da fase sanatorial. Em termos arquitetônicos é uma referência das primeiras manifestações da modernidade no Vale do Paraíba, sendo protegido como patrimônio histórico estadual pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - CONDEPHAAT.
Postado por TÁCITA
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Cirque Du Soleil, um novo coceito de circo
espetáculo "Alegria"
espetáculo "Saltimbanco"
Nos últimos meses pudemos ter uma grande divulgação da vinda de um famoso circo estrangeiro para o Brasil, O Cirque du Soleil, um novo conceito de circo, passando por cima de todos os conceitos tradicionais de circo, ou seja, um "novo circo".
espetáculo "Saltimbanco"
Nos últimos meses pudemos ter uma grande divulgação da vinda de um famoso circo estrangeiro para o Brasil, O Cirque du Soleil, um novo conceito de circo, passando por cima de todos os conceitos tradicionais de circo, ou seja, um "novo circo".
Esse "novo circo" começou a tomar forma nos anos 70, quando as tradicionais famílias circenses, com elefantes, leões e equilibristas, passaram a conviver com atores de teatro e dançarinos interessados na arte popular. Foram criadas escolas de circo, um caminho para a profissionalização dos artistas. O Cirque du Soleil, fundado no Canadá pelo ex-engolidor de fogo Guy Laliberté, nasceu em 1984 e se tornou o maior expoente da renovação. Os animais saíram de cena, os acrobatas ganharam figurinos e maquiagens aprumados, os palcos receberam equipamentos tecnológicos de som e luz. Houve uma grande sofisticação do circo, absorvendo elementos culturais de várias partes do mundo, e uma tentativa de atingir um público mais endinheirado. Guy Laliberté - que, nos anos 80, andava de pernas-de-pau pelo Canadá - hoje aparece na revista Forbes como um dos homens mais ricos do mundo, com patrimônio de US$ 1,1 bilhão. Seu circo fatura anualmente US$ 600 milhões.
Os figurinos deslumbrantes, as acrobacias inacreditáveis, os efeitos sonoros e de palco constroem toda a magia criada pelo circo, que passa de um simples número para uma peça de teatro super produzida, já que possui uma história para cada espetáculo. Mas o importante é que o Cirque du Soleil é a expressão mais concreta de uma revolução no entretenimento, tanto estética como empresarial. O circo, uma das formas mais arcaicas de espetáculo da história, renovou-se, e agora mostra sua versão mais grandiosa no Brasil.
Postado por TÁCITA
Primeiro Santo Brasileiro
Casa onde Frei Galvão nasceu, hoje é um museu com alguns de seus pertences
Igreja Matriz de Santo Antônio (onde frei Galvão foi Batizado)
Pedreiros, serventes, carpinteiros, marceneiros, oleiros, serralheiros, mestres-de-obras, empreiteiros, desenhistas, pintores, aqruitetos, engenheiros e todos aqueles que estão ligados à arte de construir, possuem hoje seu patrono no Brasil: O Bento Frei Galvão. O título foi concedido no ano 2000 pelo papa João Paulo II.
Antônio de Sant'Ana Galvão (mais conhecido como Frei Galvão) (Guaratinguetá 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um Frade Católico e hoja o Primeiro Santo Brasileiro, foi canonizado pelo papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil (São Paulo) em 11 de maio de 2007.
História
Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José. Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro. Estátua do frade em sua cidade natal, GuaratinguetáA 16 de abril de 1761 fez seus votos solenes. Um ano após foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes. Foi então mandado para o Convento de São Francisco em São Paulo a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado.
Frei Galvão foi arquiteto, mestre de obras e até mesmo pedreiro. A obra, hoje o Mosteiro da Luz, foi declarada "Patrimônio Cultural da Humanidade" pela UNESCO.
Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da Ordem Franciscana, deu toda a atenção e o melhor de suas forças à formação das Recolhidas. Era para elas verdadeiro pai e mestre. Para elas escreveu um estatuto, excelente guia de disciplina religiosa. Esse é o principal escrito de Frei Galvão, e que melhor manifesta a sua personalidade. Em várias ocasiões as exigências da sua Ordem Religiosa pediam que se mudasse para outro lugar para realizar outras funções, mas tanto o povo e as Recolhidas, como o bispo, e mesmo a Câmara Municipal de São Paulo intervieram para que ele não saísse da cidade. Diz uma carta do "Senado da Câmara de São Paulo" ao Provincial (superior) de Frei Galvão: "Este homem tão necessário às religiosas da Luz, é preciosíssimo a toda esta Cidade e Vilas da Capitania de São Paulo, é homem religiosíssimo e de prudente conselho; todos acorrem a pedir-lho; é homem da paz e da caridade". Frei Galvão viajava constantemente pela capitania de São Paulo, pregando e atendendo as pessoas. Fazia todos esses trajetos sempre a pé, não usava cavalos nem a liteira levada por escravos. Vilas distantes sessenta quilômetros ou mais, municípios do litoral, ou mesmo viajando para o Rio de Janeiro, enfim, não havia obstáculos para o seu zelo apostólico. Por onde passava as multidões acorriam. Ele era alto e forte, de trato muito amável, recebendo a todos com grande caridade.
As Pílulas de Frei Galvão
Dois casos de risco de vida deram orgem às pílulas de Frei Galvão. Um foi de uma parturiente e o outro foi o de um rapaz com cálculos nos rins. Em ambos os casos, por não poder acudir pessoalmente aos necessitados, Frei Galvão escreveu em Latim uma jaculatória em um pedaço de papel que enrolou e recortou em forma de pílulas, pedindo que as dessesm aos doentes. Tanto o rapaz, como a mãe e a criança se salvaram. Partiu daí a extraordinária fama das pílulas e a notável fé que os devotos nela depositam, para os males do corpo e da alma.
A jaculatória escrita por Frei Galvão diz o seguinte: "Pos partum, Virgo Inviolata permansisti! Dei Genitrix, intecede pro nobis!" (Depois do parto, ó Virgem permaneceste Intacta! Mãe de Deus, roga por nós!)
Em razão desses fatos terem envolvido inicialmente uma parturiente, e referindo-se a jaculatória ao parto da Virgem Nossa Senhora, Frei Galvão passou a ser conhecido pelo povo como "Patrono das parturientes"
Beato Frei Galvão Patrono da Construção Civil
Pedreiros, serventes, carpinteiros, marceneiros, oleiros, serralheiros, mestres-de-obras, empreiteiros, desenhistas, pintores, aqruitetos, engenheiros e todos aqueles que estão ligados à arte de construir, possuem hoje seu patrono no Brasil: O Bento Frei Galvão. O título foi concedido no ano 2000 pelo papa João Paulo II.
Fei Galvão foi quem idealizou e contruiu em São Paulo, no ano de 1774, o MONSTEIRO DA LUZ, onde também trabalhou como pedreiro junto com os escravos. O Monsteiro, que é hoje Monumento Mundial, abriga as Irmãs Concepcionistas, ordem que foi por ele fundada e, também, o Museu de Arte Sacra de São Paulo. Em Sorocaba, ainda para essas Irmãs construiu um outro convento. Existem outras inúmeras passagens de Frei Galvão pela arquitetura religiosa, tanto em Igrejas, como em capelas e em conventos, o que credenciou a merecer o título e Patrono da Construção Civil.
postado por TÁCITA
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