terça-feira, 17 de junho de 2008

Cunha - SP Capital Nacional da Cerâmica Artística











Há umas semanas atrás pude por intermédio de uma prima conhecer as cerâmicas da Cidade de Cunha - SP.
Com o interesse fui pesquisando mais sobre o assunto, e descobri que Cunha já é a capital nacional da cerâmica artítica!!!

Pesquisa:
Não se pode afirmar que a cerâmica foi introduzida em Cunha por ceramistas imigrantes, até mesmo porque os primeiros habitantes
desta cidade, os índios, já trabalhavam com o barro existente. Porém, foram as paneleiras de Cunha que por necessidade, aprenderam a dominar o barro e transformá-lo em cerâmica caipira, fazendo peças e utilitários, onde mesclavam arte e dedicação dando desse modo um grande exemplo de transformação e resignificação.
Por volta de 1975, chegou a Cunha um grupo de visitantes que procuravam um local tranqüilo, onde tivesse liberdade para suas criações e abundância da matéria prima “barro” para se instalarem e produzirem cerâmica. Até então a cerâmica artística de alta temperatura era pouco conhecida no país. Essas características, que definem um estilo de vida apreciado por artistas, somada à presença de um forte núcleo de ceramistas Noborigama na região, têm sido responsável pela fixação de uma nova leva de ceramistas em Cunha, tais que trabalham com outras técnicas.

Cunha tem em sua cerâmica uma diversidade amplamente distinta, uma vez que não é possível encontrar a tão almejada cerâmica de Cunha. Porém, encontramos ceramistas residentes em Cunha com estilos e conceitos adquiridos e adaptados para o local, sendo eles advindos de suas próprias culturas, influências, técnicas e outros fatores que contribuíram para a diversidade na cerâmica local. Os diversos estilos da cerâmica de Cunha proporcionam à cidade uma característica única, própria e completamente envolvida em suas respectivas influências culturais.
Em Cunha a relação design/artesanato está atrelada ao projeto, sem deixar de lado a preocupação em fazer com que o objeto cumpra com a função para qual foi desenvolvido, em outras palavras, a cerâmica produzida por artesãos carrega consigo o registro da relação do homem com a natureza transformada.
Os ceramistas utilizam a técnica Noborigama, arte milenar japonesa que transforma o barro em pedra em fornos que chegam a atingir 1.350ºC. O estopim para que esta semente germinasse foi a decisão de um grupo de ceramistas (portugueses, brasileiros e japoneses), alguns com especialização no Japão, em se associar e criar ateliê comum na cidade, em 1975.
Entre os fatores que pesaram na opção por Cunha estão a qualidade e a variedade da argila, o clima ameno ideal para o trato com a argila e a beleza da paisagem, própria para atividade criativa. A existência de lenha de eucalipto reflorestado para utilização nos fornos, evitando a destruição da mata natural, foi outro fator considerado pelos artistas ao optar pela cidade. Além disto, o município se situa entre as duas maiores metrópoles brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro.
A prefeitura cedeu o prédio desativado do Matadouro Municipal para a instalação do ateliê, que funcionou no local até 83 (cinco anos depois ali seria instalada a Casa do Artesão, que funciona no mesmo local até hoje).
O grupo original era liderado pelo arquiteto e ceramista português Alberto Cidraes e pelo casal de ceramistas japoneses Toshiyuki e Mieko Ukeseki. O casal de ceramistas Gilberto Jardineiro e Kimiko Suenaga se incorporou ao núcleo em 1985. Alguns jovens cunhenses se entusiasmaram e viraram aprendizes. Hoje, são os ceramistas profissionais Leí Galvão e Augusto Almada (que trabalham juntos) e Luiz Toledo.


Eu gostei da maioria das cerâmicas, mas no final acabei me identificando mais com o Ateliê (Oficina de Cerâmica - Augusto Campos e Leí Galvão gostei de técnica usada (tipo esmalte) e também pelas peças funcionais, além das peças de exposição era também confecionado peças para uso na cozinha não deixando a idéia de uma coisa tradicional e sim mantendo o design moderno de todas as peças.
E também vou colocar aqui os outros que vizitei
Ateliê Cerâmica Toledo - Luís Toledo da Silva



Ateliê Grouze Cerâmica - Graziela B.Awabi


Ateliê Clélia Jardineiro (esse ateliê apesar de ser bem simples e não usar a técnica de esmalte, possuía bijuterias de cerâmica que chamaram bastante a atenção pela criatividade do uso de rendas para a decoração em alto relevo das peças)

Ateliê Suenaga e Jardineiro Kimiko e Jardineiro

Ateliê Mieko e Mário - Mieko Ukeseki e Mário Konishi
miekoemario.sites.uol.com.br


Ateliê Carvalho Cerâmica - José Carlos Carvalho


Postado por Tácita!!



Nenhum comentário: